Porta de entrada para o Palácio Imperial, os portões do museu também são ponto de partida para o imaginário. E foi a partir dele que surgiu uma das principais lendas de Petrópolis: a da Dama de Branco. Segundo ela, principalmente em noites de verão, era possível avistar, nos jardins, uma mulher indo ao encontro de seu amor. E tamanha era a curiosidade dos petropolitanos que, durante um bom tempo, os moradores se posicionavam à noite, em frente aos portões, na esperança de vê-la e de participar de um capítulo “vivo” da história do palácio.
De acordo com o professor e historiador Joaquim Eloy, a lenda teria começado dentro de uma redação da cidade quando, em busca de uma manchete para o jornal de domingo, teriam proposto uma notícia sobre uma mulher vagando pelos jardins do Museu Imperial. “No fim de semana seguinte tinha gente à beça em frente ao gradil do Museu Imperial. Foi um golpe de marketing para movimentar as notícias. Durante muito tempo tinha gente que, à meia-noite, estava lá agarrada na grande para ver a mulher”, recorda.

E aquilo que teria começado como brincadeira, de repente, se tornou realidade para muitos, que afirmavam, de fato, terem visto a mulher! Acontece que, anos mais tarde, os próprios petropolitanos buscaram uma explicação lógica para explicar o fenômeno da Dama de Branco: a de que, à noite, o farol dos carros é refletido nas estátuas de mármore branco do bosque, dando a impressão de que há uma mulher em movimento no local. Legal, né? Você conhece mais alguma história ou crença que envolva Petrópolis?
*Créditos da foto de capa: Reprodução/Cecioka via Wikimedia