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Você já ouviu falar na lenda da Dama de Branco, que alguns dizem ter visto nos jardins do Museu Imperial?

Porta de entrada para o Palácio Imperial, os portões do museu também são ponto de partida para o imaginário. E foi a partir dele que surgiu uma das principais lendas de Petrópolis: a da Dama de Branco. Segundo ela, principalmente em noites de verão, era possível avistar, nos jardins, uma mulher indo ao encontro de seu amor. E tamanha era a curiosidade dos petropolitanos que, durante um bom tempo, os moradores se posicionavam à noite, em frente aos portões, na esperança de vê-la e de participar de um capítulo “vivo” da história do palácio.

De acordo com o professor e historiador Joaquim Eloy, a lenda teria começado dentro de uma redação da cidade quando, em busca de uma manchete para o jornal de domingo, teriam proposto uma notícia sobre uma mulher vagando pelos jardins do Museu Imperial. “No fim de semana seguinte tinha gente à beça em frente ao gradil do Museu Imperial. Foi um golpe de marketing para movimentar as notícias. Durante muito tempo tinha gente que, à meia-noite, estava lá agarrada na grande para ver a mulher”, recorda.

Jornal de Petrópolis em 1982. Foto: Arquivo Histórico Biblioteca Municipal

E aquilo que teria começado como brincadeira, de repente, se tornou realidade para muitos, que afirmavam, de fato, terem visto a mulher! Acontece que, anos mais tarde, os próprios petropolitanos buscaram uma explicação lógica para explicar o fenômeno da Dama de Branco: a de que, à noite, o farol dos carros é refletido nas estátuas de mármore branco do bosque, dando a impressão de que há uma mulher em movimento no local. Legal, né? Você conhece mais alguma história ou crença que envolva Petrópolis?

*Créditos da foto de capa: Reprodução/Cecioka via Wikimedia

Carolina Freitas

Jornalista e escritora, Carolina Freitas se dedica ao resgate e à valorização da memória petropolitana a partir da produção de reportagens e curtas-metragens sobre a história, o comércio, e a vida da cidade.

2 Comments

  1. Eu conheço uma amiga que tinha medo ás vezes de fantasmas ou espíritos, ela agora tem 98 anos. Teve uma época que em 1931, quando ela tinha 5 anos, a Dona Edilene(mãe dessa amiga minha) teve que se mudar para Petrópolis por conta de um emprego que ela tinha na época, o nome dessa minha amiga é Bárbara, a menina insistiu tanto pra Dona Edilene pra ficar em São Paulo que a mulher se estressou e falou que Petrópolis era aonde eles iriam e pronto e a Babi ficou tão irritada que respondeu a mãe que vai ficar com a tia dela e ela apanhou bastante. Ela, a Edilene(mãe), Isobel(irmã da Bárbara) e o Mário Lúcio(pai) ficaram umas 2 semanas em Petrópolis e ela graças a Deus não foi em nenhum lugar mal assombrado e ela gostou de Petrópolis, isso foi antes de eu e ela nos conhecermos e ela me contou essa história toda em 1940 quando ela tinha 14 anos. Prazer me chamo Ioana e vou fazer 98 anos em maio.

  2. Olá,
    Morei em Petrópolis e quando vi a primeira vez a noite, um aglomerado de pessoas na frente do jardim, como se fosse saída de festa mesmo, pessoas bebendo, conversando, mas todas olhando pro jardim. Perguntei à minha amiga que morava lá a mais tempo, ela disse que era normal que as pessoas ficassem ali pra ver o fantasma de branco. Pula pra um ano após.
    Fui trabalhar no Hotel Casa Blanca (entre este hotel e o jardim do museu, tinha uma escola, que pertencia a mesma família do hotel). Um rapaz que me ensinou o serviço de recepcionista na época (isso em 1990) me confessou que uma certa noite, o sensor tocou, ele não vendo ninguém pela janela ao lado, olhou pra entrada, quando uma mulher com um vestido de voal esvoaçante entrou e subiu as escadas que fica diante da porta de entrada. Ela chamou a senhora para que se identificasse e ela ignorou, ele deu a volta no balcão e correu atrás. Viu o vestido da mulher ainda no corredor, mas quando olhou chegando ao final das escadas, não havia ninguém. Detalhe que é uma casa antiga e qualquer passo no piso de madeira antigo é ouvido, e qualquer porta que se abra e feche é bem sonora. E nada. Fora as algumas histórias que vivi lá e escutei das senhoras que lá trabalharam por anos.

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