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De limpador de chaminés a vendedor de jornais: conheça o cotidiano da Petrópolis de antigamente por fotos

Imagens extraídas do Arquivo do Museu Imperial são reminiscências de uma Petrópolis que deixou de existir com o tempo

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Neste mesmo dia (08/01), há 182 anos, chegava ao Brasil a primeira câmera fotográfica. Escolhida para celebrar o Dia do Fotógrafo no país, a data é homenagem àqueles que, como bem descreveu o fotógrafo francês Henri Cartier-Bresson, são capazes de fixar para sempre o instante preciso e transitório. Para celebrar a ocasião, o Petrópolis Sob Lentes esteve no setor de Arquivo do Museu Imperial em busca de registros preciosos do cotidiano de antigamente.

Um dos aspectos mais nobres da fotografia está em sua capacidade de perpetuar momentos e, por vezes, hábitos que se apagam com o tempo. Entre as fotografias selecionadas que revelam aspectos urbanos de uma Petrópolis antiga, destacam-se ofícios praticamente extintos, como o limpador de chaminés e o próprio vendedor de jornais. Artísticos, os registros são instantes de saudade por tempos pautados pela tranquilidade e pela simplicidade.

“Limpador de Chaminé”

Petrópolis Sob as Lentes da Curiosidade: admirados na Alemanha, os limpadores de chaminé são, praticamente, um tesouro nacional. Caracterizados pelo uso de uma cartola e uma casaca preto com botões dourados – para facilitar sua identificação na rua – os limpadores de chaminé também são considerados símbolo de sorte. Para os antigos, além de removerem a fuligem das chaminés das casas, os profissionais também levariam embora as energias ruins das casas. Assim, até hoje muita gente pede para tocar em suas vestes em busca de sorte.

“Dois pequeninos habitantes do Independência”

“Ponto de veículos na Praça Dom Pedro II”

“Ponte em Piabanha”

“Vendedor de jornais na Avenida XV de Novembro”

Nós, fotógrafos, lidamos com coisas que estão continuamente desaparecendo e, uma vez desaparecidas, não há mecanismo no mundo capaz de fazê-Ias voltar outra vez. Não podemos revelar ou copiar uma memória. – Henri Cartier-Bresson: fotógrafo, fotojornalista e desenhista francês

Carolina Freitas

Jornalista e escritora, Carolina Freitas se dedica ao resgate e à valorização da memória petropolitana a partir da produção de reportagens e curtas-metragens sobre a história, o comércio, e a vida da cidade.

4 Comments

  1. Sou também um amante da fotografia!
    Enquanto existirem pessoas como Carolina Freitas, a memória da história estará salva e jamais será esquecida!Parabéns pelo seu trabalho!

    • Impossível não me emocionar com as suas palavras, Osvaldo! Muito obrigada pelo carinho. Ele chega em um momento muito importante pra mim!

  2. O registro fotográfico é fundamental. De fato, é a unica forma de visitarmos o passado e darmos um pouco de asas a imaginação.
    Esse seu trabalho e esse seu site são uma terapia. A gente esquece os problemas um cado
    Parabéns!

    • Ahh muito obrigada pelo retorno, Marcelo! Fiquei muito feliz com a sua mensagem e em saber do bem que o projeto e o site têm feito. Para mim também é uma boa dose de terapia diária! Seja bem-vindo e espero que goste dos próximos conteúdos que tenho planejados!

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