Antigo Santa Cecília, o Teatro Imperial passou no ano passado por sua primeira grande obra de revitalização desde a sua inauguração nos anos 1950. Com uma nova roupagem desde novembro de 2023, o espaço teve todo o seu interior e fachada reformados.
Já na entrada o visitante se surpreende com a nova ambientação, que reúne paineis dos artistas Marzio Fiorini e Luciano Cian, além de uma galeria de arte no mezanino do teatro, na qual pode ser conferida a exposição Obras em Arte, de Ezio Philot, que trata da revitalização do local através de um olhar sensível e artístico.
Outras mudanças foram a reforma dos assentos do teatro, dos banheiros, camarins e das partes elétrica e hidráulica, além da inclusão de espaços especialmente dedicados anos cadeirantes na plateia. Isso sem falar também na modernização de toda a caixa cênica e da troca das cortinas do palco.
O teatro, que foi reformado por iniciativa de Sabrina Korbut e Paulo Lopez através da Natureza Produções, tem trazido novos ares para a cultura petropolitana com a promoção de eventos regulares. A programação, bem como os ingressos para o Teatro Imperial, podem ser obtidos no site Ingresso Digital, clicando aqui.
A bilheteria física do teatro, por sua vez, opera de terça a domingo das 13 às 19 horas.
Confira, abaixo, o vídeo produzido pelo Petrópolis Sob Lentes com imagens do estabelecimento após a reforma!
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Conheço este Teatro muito bem, quando ainda era Cine Art Palácio, nos anos 60 e depois como Teatro Santa Cecília. Assisti muitos filmes memoráveis no Art Palácio e acompanhei sua decadência. Nos anos 70 passou a exibir sessões de dois filmes pelo mesmo preço, acompanhando o caminho de declínio de todos os cinemas de rua. Foi então retomado pela Escola de Música Santa Cecília, original proprietária e reformado. As cortinas de veludo puro e o palco foram todos reformados. Quem esteve à frente dessa reforma foi Raul Lopes, fotógrafo profissional e que era também iluminador do grupo de Teatro do qual eu fazia parte, o TEP. Em 1976, quando entrei no grupo, comemorava já 25 anos de existência. Nesse grupo fiz 3 espetáculos nesse teatro, apresentações longas, de temporada. Acompanhei dois extraordinários Festivais de Teatro de Bonecos. E certa vez conheci Alaceu Valença, na porta, procurando um lugar para apresentar seu show. Fico muito feliz de saber que o saguão de entrada da Escola de Música foi incorporado à entrada (ali funcionava um ateliê de azulejos decorativos; o lugar serviu de camarim informal onde se refugiou Jerry Adriani numa apresentação ao vivo que fez na Praça Paulo Carneiro, em frente, um dos shows promovidos pela Rádio Imperial). Tenho muitas histórias com esse teatro e com a Escola, ambos exatamente em frente onde morei, nos primeiros 19 anos da minha vida.