/

Em 1895, Petrópolis sediou corrida entre cavaleiro e ciclista para ver qual era mais rápido

Desafio de seis quilômetros de extensão aconteceu na Barão do Rio Branco

Comece a ler

Uma competição entre cavalos de ferro e cavalos propriamente ditos! Por mais estranho que possa soar, esse tipo de prova era comum no século XIX. Com a popularização das bicicletas, houve uma certa resistência por parte dos cavaleiros em ter que dividir a estrada com os ciclistas. Eis que surgiram as primeiras corridas entre os dois para verificar qual era o mais veloz: algumas delas, inclusive, registradas nas ruas de Petrópolis.

Conta-se que um dos primeiros registros de duelos entre cavaleiros e ciclistas aconteceu em 1894, ao norte da Itália. Um ano depois a modalidade já acontecia em Petrópolis. É o que conta a quinta edição do “Almanaque de Petrópolis”, emitido pelo Museu Imperial. De acordo com a publicação, em 1895 o desafio foi disputado nas ruas petropolitanas pelo Sr. Laborde, um velocipedista, e um cavaleiro, o Sr. Daniel Egalon.

Imagem ilustrativa de corrida entre cavaleiro e ciclista sediada no clube de trote em Levallois, na França. Foto: Reprodução Internet

Ainda segundo o almanaque, a prova de seis quilômetros de extensão teve como ponto de largada a ponte Mauá, no início da Avenida Barão do Rio Branco, indo até a Ponte do Retiro. Ida e volta, a corrida foi vencida pelo cavaleiro, que concluiu o percurso em cerca de 13 minutos, por uma vantagem de 200 metros. Uma semana depois, numa nova disputa, quem levou a melhor foi o ciclista, que venceu o desafio por um metro.

Fonte de entretenimento, as corridas entre cavaleiros e ciclistas despertaram a curiosidade do público ao longo dos anos e, apesar de hoje serem vistas com menos frequência, ainda são realizadas, sobretudo, em pistas de corrida europeias. Em 2014, por exemplo, o ciclista Nicolas Roche – veterano do Tour de France – participou do desafio no Leopardstown, na Irlanda, como forma de arrecadar fundos para um hospital infantil. Confira imagens da prova:

Carolina Freitas

Jornalista e escritora, Carolina Freitas se dedica ao resgate e à valorização da memória petropolitana a partir da produção de reportagens e curtas-metragens sobre a história, o comércio, e a vida da cidade.

1 Comment

  1. Muito interessante! No caso da disputa entre ocavaleiro e o ciclista há um fator muito importante: o tipo de terreno,ou revestimento do piso, melhor dizendo.

Deixe um comentário

Your email address will not be published.

Você se inscreveu com sucesso e, a partir de agora, será notificado sempre que uma nova postagem for ao ar!

Houve um erro enquanto tentávamos concluir sua inscrição

Petrópolis Sob Lentes will use the information you provide on this form to be in touch with you and to provide updates and marketing.