Fernando Costa: ‘Aplausos para Carolina’


Fernando Costa: ‘Aplausos para Carolina’


Henry Kappaun via @fuiprarua


Texto publicado no jornal Tribuna de Petrópolis em 06/02/2020

A Academia Petropolitana de Letras, Editora Literar e a Imperial Cidade de Petrópolis viveram momentos de raro brilho no dia 25 de janeiro, ao ensejo do lançamento do primeiro livro da jornalista Carolina Freitas. A Casa de Cláudio de Souza estava repleta em seu esplendor me lembrando da Acrópole grega que reunia em seus areópagos intelectuais e ali glorificavam seus heróis. Circularam por entre pétalas de rosas, arranjos multicores, suave acorde musical, a voz de Dica’s, vitrais e marouflages do templo de cultura cerca de 300 convidados que tilintaram cristais ao brindar com vinho alentejano e acepipes assinados pela expert Laura Amaro. A fila interminável.

Todos eram recebidos com carinho e especial atenção pela novel escritora bela, elegante, competente e solícita. Seu carinho a fez intitular a mim e a Paulo César dos Santos, seus padrinhos, o que redobra nossa alegria em havermos plantado em terra fértil, pois, o talento e o notável saber dessa jovem de 21 anos que acaba de colar grau em jornalismo e produz semanalmente apreciada página que conta a história do comércio petropolitano de ontem na Tribuna de Petrópolis a todos encanta.

“Petrópolis, o comércio de ontem, a saudade de hoje” resgata a história em seus fragmentos e sutilezas. A obra da jovem escritora e jornalista me reporta aos tempos da ilustre acadêmica Anadir do Nascimento Silva que, aos vinte anos, adentrou aos umbrais da Academia Petropolitana de Letras, às vésperas de completar o seu centenário de fundação. Seguindo esse fio condutor, Carolina surge na literatura petropolitana como a maior revelação literária das últimas décadas, recentemente laureada com o “Prêmio Alcindo Roberto Gomes de Jornalismo”, instituído em 1985, pelo mencionado panteão cultural e foi indicada ao Prêmio Maestro Guerra Peixe de Jornalismo.

A obra focaliza as empresas comerciais com maturidade, leveza, riqueza retórica, semântica e vernacular na preservação da memória e tradição petropolitanas. O livro reúne 44 das reportagens de cunho histórico. “As matérias se propõem a resgatar memórias e histórias envolvendo o comércio antigo petropolitano a partir de entrevistas com descendentes dos estabelecimentos em questão, bem como ex-funcionários, clientes e demais pessoas que tenham se relacionado com as referidas lojas”.

Doce nostalgia, saudade e renascimento. “Petrópolis, o comércio de ontem, a saudade de hoje” foi prefaciado pelo renomado escritor Antônio Torres, membro das Academias Brasileira de Letras e Petropolitana de Letras “mantém os comparativos entre ‘antes e depois’ dos negócios abordados: marca registrada do projeto.

A ideia é levar para fora das páginas a nostalgia e o carinho tido pelo comércio extinto da cidade e, com isso, reavivar suas respectivas histórias e ressignificar aquelas que, um dia, podem ter sido apenas fachadas.” A obra tem na capa os modelos J. R. Gulino e Leonardo Cardoso Wanderley e inaugura a Coleção Carmen Lúcia Carlos, em 10 volumes. Conta ainda com palavras dos acadêmicos: historiador Joaquim Eloy, professora Carmen Felicetti e, a quarta capa por mim.

O requinte do acetinado e laços de fita e o matizado enfeitaram a noite de Carolina e, por certo, se completaram aos anjos embora invisíveis aos olhos abençoassem a jovem estrela que nasceu para brilhar. Os céus hão de nos possibilitar assistir suas demais realizações na certeza de muitas para a glória de Deus e alegria nossa.


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